segunda-feira, 13 de janeiro de 2020




Uma vida toda
que abraçasse o equívoco
diáfano – ao mesmo tempo
a calma insuportável
de quem aproveitasse a vista
enquanto despenca
sem tentar se agarrar
aos cacos do acaso
existindo em sua máxima saturação
no limite – aniquilamento

Diante da perenidade – uma vida
escuta vazia
assentada sobre a vertigem
da suspeita – acanhado calor de uma
alegria
zinha

Uma vida – campo de girassóis
que resistem pelo sol
como intuísse o pintor
se mantivesse as orelhas coladas
ao rumor dos gadgets
– convulsãozinha –
ou dança solitária que se
inclina ao sol
que seca presa ao chão
piadinha do universo
risada sem fim

luiz quirino

Nenhum comentário:

Postar um comentário