debater-se do peixe
contra os azulejos
salto em rotura que
estilhaça as escamas
e a porcelana em fio
em direção aos olhos
[imolação da imagem
e tudo que está fora]
ruína
tétano e
ferrugem
impossível ressuscitar
os mortos como carne
já que nada germina em
superfície impenetrável
mesmo sêmen
apodrece sem
conhecer a humilhação
do nome ou sepulcro
sob a chão
antes nasce para o invisível
e já não pesa a mesma velocidade
do que tem centro e precisão
estação de colheita e aridez
recolha do gesto e esgotamento
que se lê como arma
palavra
antes da semeadura
a guerra e as mães
que se explodem
contra os guardas
por seus filhos
gravados nos
azulejos
luiz carlos quirino
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