agora o fantasma ronda
o mensageiro e os corpos
deixaram de ser contados
existe uma peste lá fora
mesmo que a festa pareça
não ter fim e o ar se esfarele
atrás dos olhos
a agitação das imagens
em vórtice – a urgência
cada vez mais insuportável
no meio o tremor do corpo
das despedidas e cupins
roendo os pés
embaixo do chão
verifico a voracidade
do som da madeira
se fragmentando
no tempo intangível
da espera – colho
serragem sanguínea
e o deslocamento vira
uma folha do caderno
em que as pautas
caem –
nunca teremos paz porque
a mensagem não será
concluída
o mensageiro e os corpos
deixaram de ser contados
mesmo que a festa pareça
não ter fim e o ar se esfarele
a agitação das imagens
em vórtice – a urgência
cada vez mais insuportável
das despedidas e cupins
roendo os pés
embaixo do chão
do som da madeira
se fragmentando
da espera – colho
serragem sanguínea
uma folha do caderno
em que as pautas
caem –
a mensagem não será
concluída
luiz carlos quirino
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