quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

 

colchão
de navalha
lençol de sal
em que o pássaro
       descansa
do coágulo
nas asas
 
mientras hacía calor
 
sonha
com a volta do céu
e a merda
 
despencando
sobre a humanidade
hasta hacerla
apagar-se
 
e borrar
a contingência
que precede
o canto
 
tão silencioso
quanto cirúrgico
ao final

luiz carlos quirino 

Nenhum comentário:

Postar um comentário