tudo que é exterior ao rumor
tudo que é virtual e sem peso
nas cercanias da tormenta
capturando o porvir e a
ave mais breve
arriscado xadrez
contra as ondas
até impedir que nos
devoremos mutuamente
ou bebamos a água
áspera de retidão
a monarquia coroada para que
tenhamos uma morte branda
ainda que a imagem cindida
assombre o boletim noturno
e não interrompa meu acanhado funeral diário
em que enceno a gênese a miríade e o colapso
em que tramo uma grinalda com o lixo
luminoso da civilização
era apenas o futuro ontem
desmitificado e o Leviatã à espreita
entre o tempo e o espaço
purifiez nos coeurs da
destruição infinita da fala –
instalação definitiva da surdez
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